02 abril 2007

Idanha

Procuro descobrir o porquê de me custar sempre tanto, passar aquela porta, no sentido da rua...
Talvez porque a vivência é muito forte. Ou porque nos sentimos mais próximos de nós, do Grupo e Deus.
Talvez seja uma junção destes e outros factores, que nós já compreendemos porque já experênciamos.
Gosto sempre de lá ir, gosto de estar na Casa. Passar pelas unidades e ver as Irmãs. Apreciar o magnífico trabalho que elas desenvolvem com um amor, difícil de encontrar fora daquelas ou outras portas semelhantes. Um amor que se sente na Casa, nas doentes, nos outros. Um amor que passa para quem visita, um amr que alcança o Céu, de tamanha dimensão.
Por vezes trocam-nos as voltas, não dei ao Grupo o que queria, mas recebi o que precisava. Não dei à Casa o que gostaria. Em tempo, Espírito e Oração.
Ontem à noite, já sozinha pensei. Sem pressas nem agitação, vi que deveria ter estado assim convosco. Não tive essa capacidade, mas agradeço a todos a paciência, o carinho e amizade que também a mim deram e tão bem me fez sentir.


Obrigado Irmã Otília por este momento que nos proporcionou e obrigado Kerigmas, por termos estado unidos e em força de Espírito na nossa actividade de Grupo.



Beijinhos, Catarina

2 comentários:

Comissão de Arte Sacra Diocesana disse...

Pois é, realmente custa-nos sempre muito voltar para o nosso mundo.
Naquela Casa nós encontramos paz, serenidade, e encontramo-nos connosco e com Deus.
Foi muito estarmos todos Juntos, estarmos em comunhão, como também foi bom todo aquele tempo na Unidade e sermos muito bem acolhidos por todos os doentes.
Foi bom ver que esses mesmo doentes, nos deixavam entrar no seu dia a dia (ou então, como dizia a Irmã Oltilia, nós é que entrámos no seu dia a dia, nós é que temos de pedir autorização).
Adorei os momentos de oração diante do Santissimo Sacramento, adorar o senhor na sua plenitude e no seu completo sentido. Estar perto do senhor e meditar na sua Paixão no seu sofrimento e descobrir que cada homem é igual independente do seu "sofrimento", todos somos iguais e todos somos como a irmã dizia "samaritanos".
A disponibilidade da Casa e de quem cuida dela que nos fazem sentir sempre especiais , a cada grupo que lá vai, que nos fazem sentir únicos e que a nós bem nos falta isto, ou seja ser acarinhados, muitas vezes, sem ser preciso retribuir. As irmãs ao abrirtem um pouco da sua intimidade revelaram um gesto de partilha e de confiança. As laudes desse dia deram um grande sentido de comunhão, mas igualmente de amor e de fraternidade.
Realmente naquela casa deixamos a cidade cá fora, deixamos a tristeza e entramos com o sentimento de doacção no máximo, na sua plenitude, na sua potência máxima, doar é a palavra que faz sempre sentido naquela casa e que nos faz viver cada vez mais intensamente o nosso dia.
Doar para receber carinho, amor, compreensão, sentimentos que por vezes não são ditos, mas expressos com gestos, com atenção, com dedicação, são expressos com muito amor e generosidade. Gestos que não esperamos, mas que vão surgindo espotaneamente.
Penso que os nosso grupo aprendeu e cresceu mais na sua intimidade, como eu dizia a alguém à vinda para casa, "agora temos algo que nos liga entre nós" e isto que nos liga é algo que por vezes não consigos explicar, mas que nos une a todos nós.
Muito Obrigado a todos os que foram pois a partilha e a força que temos foi e é essencial, tal como a disponibilidade das irmãs e em especial da irmã Otilia que nos faz sentir sempre bem recebidos e muitos especiais. As suas palavras às vezes são como bálsamo para a alma. Realmente a irmã tem o dom de nos conhecer através dos nossos gestos, dos nossos olhares, das nossas acções e nunca se engana.
Muito Obrigado irmã Otilia, por tudo aquilo que nos porpocionou e muito Obrigado Kerigmienses.

Abraços e Beijos, Carlos Sécio

Anónimo disse...

Valeu a pena tudo! Valeu a pena para mim e para o meu coração! Valeu a pena para o grupo e para o coração Kerigmiense! Obrigada Irmã Otília pela amizade, disponibilidade, hospitalidade, e ensinamento.
Obrigada Kerigma pela amizade e persistência.

Beijinhos,
Andreia